PORTFÓLIO INFECÇÃO DE FERIDA CIRÚRGICA POR MICRORGANISMOS RESISTENTES E A PRÁTICA PROFISSIONAL
CURSO: ENFERMAGEM
SEMESTRE: 3º E 4º
SITUAÇÃO GERADORA DE APRENDIZAGEM (SGA)
Situação-problema
Hilda, sexo feminino, 71 anos de idade, portadora de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2, faz uso regular de Anlodipino 5mg, Captopril 50mg e Metformina 2g. Procurou o atendimento hospitalar de emergência após ter sofrido uma queda da própria altura súbita sem qualquer razão aparente, seguida de forte dor em membro inferior direito (MID).
Na admissão, Hilda foi atendida pelo enfermeiro responsável pelo acolhimento, o qual realizou o exame físico e identificou, entre outros achados, taquicardia (100 bpm), hipertensão (150/90 mmHg) e dor intensa no membro acometido, que se encontrava rotacionado externamente e muito edemaciado. Em seguida, Hilda passou por avaliação médica para investigação de fratura de fêmur D, sendo confirmada pelas imagens do Raio-x. Após realizar todos os procedimentos, a paciente foi encaminhada ao Centro Cirúrgico para a realização de uma osteossíntese de fêmur de urgência, uma cirurgia realizada para realizar a fixação da fratura. Após a cirurgia, Hilda foi encaminhada a Unidade de Terapia Intensiva, conforme rotina do hospital.
Já no pós-operatório imediato, a paciente referiu dor em MID, sendo assim, o enfermeiro checou a prescrição da paciente e preparou a Dipirona que estava prescrita. Ao chegar no leito, o enfermeiro se deparou com a paciente dormindo, assim, o profissional administrou o medicamento silenciosamente e a deixou descansando. No entanto, 30 minutos após, Hilda evolui com piora do quadro geral, apresentando edema em pálpebras, lábios e língua, além de certa dificuldade para respirar. Rapidamente, o plantonista prestou o atendimento de emergência, e o mesmo informou que se tratava de um quadro de reação alérgica. Ao conversar com os familiares, foi confirmada a alergia da paciente à Dipirona, que em nenhum momento foi questionada pelos profissionais do hospital. O quadro de anafilaxia foi revertido, paciente segue estável até o momento. O enfermeiro sem entender o ocorrido, foi verificar a prescrição médica, afinal, ele checou o medicamento administrado. Ao conferir percebeu que a prescrição não era de Hilda e sim de Olga, ambas estão no mesmo quarto, entretanto, em leitos diferentes. A coordenadora do setor alertou para o fato de que além da prescrição de enfermagem, as pulseiras de identificação do paciente são instrumentos que nos auxiliam a identificar o paciente e que devem ser utilizados em diversas situações, principalmente na administração de medicamentos, para que situações como esta não aconteçam, entretanto, o enfermeiro não checou a pulseira de identificação.
Diante dessa situação-problema, reflitam e elaborem um texto com os seguintes desafios:
DESAFIO 1: Muitos erros relacionados aos cuidados de enfermagem acontecem por falta ou falha na comunicação, tanto na escrita como na falada. Na nossa SGA, o enfermeiro cometeu um erro ao administrar a medicação no paciente que era alérgico à dipirona. Uma das hipóteses é que o erro aconteceu por desconhecimento dessa informação pelo profissional. Sendo assim, a forma mais efetiva do enfermeiro levantar ao máximo o número de informações do paciente é por meio da anamnese. Diante disso, responda:
- O que é a anamnese e em qual etapa do Processo de Enfermagem ela acontece?
- Quais são as fontes que o enfermeiro pode utilizar para levantar as informações do paciente?
- Para a construção de um instrumento de anamnese para uso do enfermeiro, quais são as informações considerados essenciais?
DESAFIO 2: O exame físico completo associado a uma anamnese de qualidade, possibilita identificar os sinais e sintomas que irão contribuir para a definição do diagnóstico de enfermagem e posteriormente, subsidiarão o plano de cuidados de enfermagem direcionado a essa paciente. Na SGA descrita, a paciente apresenta alterações no sistema tegumentar e osteomuscular, tornando importante que o enfermeiro reconheça as alterações desse sistema, tanto no momento da admissão hospitalar, quanto no pós-operatório. Nesse sentido, descreva quais sinais e sintomas devem ser investigados; os métodos propedêuticos utilizados para o exame físico dessa paciente.
DESAFIO 3: Embora pareçam semelhantes do ponto de vista conceitual, negligência, imprudência e imperícia são termos que apresentam diferenças e consequências importantes dentro da atuação dos profissionais de enfermagem, constituindo-se em modalidades de culpa, mesmo que diante de prática não intencional de provocar um dano. Na presença ou ocorrência de tais institutos, há risco para os profissionais envolvidos e muitas vezes, para os pacientes. Dito isso, agora é com você:
- Explique a diferença entre os conceitos: negligência, imprudência e imperícia.
- Na situação-problema dois dos três conceitos estão presentes, diga quais são eles e
DESAFIO 4: Em todos os aspectos do nosso trabalho enquanto enfermeiros trabalhamos com a educação, podendo ser a educação em saúde, educação permanente e educação continuada. O espaço entre educação e o mundo do trabalho em saúde precisa, portanto, ser ampliado em formas e possibilidades como um dos caminhos para repensar e reconstruir a prática assistencial em saúde. É preciso ousar, experimentar novas ideias, novas formas de enfocar problemas, como condição inquestionável para essa reconstrução. Um dos problemas identificados na nossa SGA foi o erro cometido pelo enfermeiro na administração do medicamento. É importante que o enfermeiro enquanto educador realize treinamentos com sua equipe para que ela realize um cuidado de enfermagem com qualidade e atenção. Diante desse contexto, primeiramente conceitue o que é plano de aula e descreva a sua finalidade. E agora, você enquanto enfermeiro responsável pelo setor de educação continuada, irá desenvolver um plano de aula que será utilizado para conduzir um treinamento sobre “Segurança do paciente: prescrição, uso e administração de medicamento” para a equipe de enfermagem.
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